Nós,
habitantes de altitudes mais moderadas, sem essas milenares adaptações, temos
que respeitar as grandes altitudes e subir vagarosa e cautelosamente para
evitar graves consequências.
Existem três doenças relacionadas a altitude, a AMS (Altitude Mountain Sickness) em inglês ou soroche na América Latina, o HAPE (High Altitude Pulmonar Edema), edema pulmonar de altitude e o HACE (High Altitude Cerebral Edema), edema cerebral de altitude.
Existem três doenças relacionadas a altitude, a AMS (Altitude Mountain Sickness) em inglês ou soroche na América Latina, o HAPE (High Altitude Pulmonar Edema), edema pulmonar de altitude e o HACE (High Altitude Cerebral Edema), edema cerebral de altitude.
O AMS acomete ao redor de 30% das pessoas não aclimatadas que sobem acima de 3.000 metros de altitude sobre o nível do mar. Seus sintomas lembram os de uma forte gripe. Podem ser apenas uma sensação de mal estar generalizado ou progredir para os sintomas clássicos de forte dor de cabeça latejante, em geral de um lado só da cabeça, náusea e vômitos, falta de energia e apetite e pronunciado cansaço aos esforços. A pessoa tende a querer isolar-se e as vezes, por isso, não relata aos seus companheiros o que está passando, agravando o perigo.
No caso de HACE, nos casos clássicos (isso pode variar muito), as dores de cabeça se agravam, os vômitos pioram e aparece o sintoma que nos diz com certeza que estamos frente a um caso de HACE, a perda de equilíbrio. Deste ponto em diante o quadro piora rapidamente evoluindo com confusão mental, coma e morte que pode acontecer em menos de 12 horas após o começo do quadro.
O que está acontecendo é que por falta de oxigênio no sangue nosso cérebro começa a inchar. Como nosso crânio é uma estrutura óssea rígida, partes do cérebro começam a ser comprimidas, daí a dor. Com o progressão do quadro o cerebelo, órgão que é responsável pelo equilíbrio, é comprimido e aparece a ataxia, a falta de equilíbrio.
Como a pessoa com HAPE perde a capacidade de raciocinar claramente pode ser um pouco difícil convencê-la de que ela está apresentando um quadro grave e que medidas rápidas e efetivas devem ser tomada para reverter o quadro.
No caso da HAPE uma situação semelhante ocorre, mas desta vez nos pulmões. Com o agravamento do quadro, a pessoa começa a apresentar inicialmente tosse seca, dor pré external (no centro do peito) e cansaço aos mínimos esforços. A tosse então se torna produtiva, e aparece a ortopnéia (piora da falta de ar ao se deitar) que é para o HAPE o que a falta de equilíbrio é para o HACE, ou seja, o sinal de que realmente se trata de edema pulmonar e que medidas extremas e rápidas devem ser tomadas para reverter o quadro.
Um equipamento muito útil para o tratamento do Mal de Altitude é o Gamow Bag, um cilindro de borracha de barco com um zíper, uma bomba de ar manual e uma válvula de escape de ar uma vez que a pressão desejada seja atingida. O problema é que, quando o paciente é retirado da Gamow Bag com muita frequência volta a apresentar Mal de Altitude. Mesmo assim a Gamow Bag deve ser considerada em todas as escaladas e trekkings de altitude, pois ela permite um planejamento de evacuação muito mais calmo e com o paciente em melhores condições. Os lados negativos são o custo de ao redor de US$ 1000 e o peso de sete quilos.
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